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MITOS E VERDADES SOBRE SEGURANÇA PARA AS MOTOS

21/maio/2019

MITOS E VERDADES SOBRE SEGURANÇA PARA AS MOTOS

 

Saiba reconhecer mitos e verdades sobre as motos. Veja a seguir os sete mitos mais ouvidos nas conversas entre motociclistas.

 

1 – Ao usar pneus novos, é preciso ter cuidado nas curvas iniciais, porque eles vêm com cera e escorregam muito.

 

Mais ou menos. Os pneus não são encerados na banda de rodagem, como se crê, o que seria um atentado à integridade dos consumidores. O que ocorre – engenheiros de fábricas de pneus confirmam – é que o desmoldante usado para facilitar a retirada do pneu de sua forma durante o processo industrial de fabricação deixa a superfície do pneu muito lisa. Mas não é preciso sair fazendo “zerinhos” desabaladamente para retirar uma camada inexistente de cera do pneu. Basta conduzir com prudência até que a superfície da banda de rodagem adquira uma textura mais rugosa e aderente. Por outro lado, também não é nada aconselhável sair raspando joelhos no chão logo após a troca de pneus – ou ao retirar a moto da concessionária. Meia verdade, portanto: não há cera, mas o pneu novo é liso e escorregadio.

 

2 – Frear em emergências usando só o freio traseiro é mais seguro, e no meio de uma curva, então, só o de trás.

 

Nada disso. Use sempre e necessariamente o freio dianteiro. Frear unicamente com o freio traseiro é a melhor maneira de conhecer o chão, pois o efeito sobresterçante é acentuado e a moto vai sair de traseira. Usar apenas o freio de trás aumenta a distância até a imobilização, pois em uma desaceleração o peso (o centro de gravidade, na verdade) está deslocado para a frente e a traseira está levinha. Na reta, nem pense nisso: use os dois freios, na proporção mais ou menos padronizada de 70% na frente e 30% atrás. Já na curva, o melhor é dar uma endireitada na moto, frear forte e tentar consertar a curva depois de aliviar a frenagem. Frear em curva é um dos mais difíceis passos da pilotagem motociclística. De fato, entretanto, pode ser mais seguro alterar um pouco a proporção 70/30, reforçando a frenagem na traseira, já que uma escapada de traseira é mais fácil de consertar que de frente.

 

3 – Os pneus têm validade e, mesmo se estiverem novinhos, é bom trocá-los depois de algum tempo.

 

Sim, os pneus têm data de validade e vencem cinco anos depois de produzidos, quando o fabricante já não garante mais as condições da borracha, especialmente dos ombros, no tocante à elasticidade e rigidez. A data é indicada por um número de quatro algarismos que fica ao lado da sigla DOT: os dois primeiros algarismos indicam a semana de fabricação e os outros dois, o ano. Assim, o número 4208, por exemplo, indica que o pneu foi fabricado na 42a semana de 2008. Olho vivo.

 

4 – Os capacetes também têm data de validade e você pode ser multado ao trafegar com o equipamento vencido. Além disso, se um capacete cair no chão, deve ser substituído.

 

Não há data de validade para os capacetes, pois eles não são considerados produtos perecíveis. Se for multado, recorra. Por outro lado, uma queda com impacto importante pode comprometer, sim, as características de proteção de um bom capacete, inutilizando-o. Mas não é qualquer tombinho à toa: tem que haver uma deformação clara na superfície do casco, com rachaduras de alguma profundidade. Se isso acontecer, troque o capacete ou utilize-o como elemento decorativo. Sua segurança ele não vai garantir mais.

 

5 - O motociclista deve usar um capacete pouco maior do que seu número para respirar melhor.

 

Incorreto. Outro fator importante para que um capacete cumpra sua função da melhor maneira possível é o ajuste à sua cabeça: capacete não pode ser folgado. Na hora da compra, deve-se escolher um que pareça até menor do que sua cabeça – sem exagero – considerando que, com pouco tempo de uso, a espuma da forração cederá o tanto necessário para que ele fique justo, confortável, mas jamais folgado. Modelos de capacete fechados, também chamados de “integrais” são, por evidentes razões, mais seguros do que os capacetes abertos, que não têm proteção para o queixo. 

 

6 - Não é obrigatório usar a viseira abaixada na zona urbana.

 

Capacetes tanto abertos como fechados devem, por lei, ser equipados com viseira ou, na ausência dela, o motociclista precisa usar óculos de proteção, como os dos pilotos em competições fora-de-estrada, como enduro ou motocross. A viseira é um equipamento de uso obrigatório e os óculos são os fixados com elástico, não vale óculos de sol.

 

7 - Afivelar a cinta jugular no pescoço incomoda.

 

Pode ser, mas se a cinta jugular não estiver ajustada assim, a chance do capacete sair da sua cabeça e rolar como uma bola para longe de seu crânio em caso de impacto contra o solo ou outro obstáculo qualquer – acarretando consequências bem ruins – é líquida e certa. Infelizmente, a consciência deste tipo de mau uso é pequena. Com um pouco de observação nota-se que uma expressiva parcela dos motociclistas anda com a cinta jugular frouxa ou, pior ainda, sem estar afivelada, vestindo o capacete como se fosse um boné.  Isso por um suposto conforto ou a facilidade de tirar e colocar o capacete com rapidez.

 

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